quinta-feira, 25 de junho de 2020

Valongo acolhe festival de literatura infanto-juvenil



O segundo Onomatopeia, o festival de literatura infanto-juvenil de Valongo, no Porto, começa no dia 26 de junho, com uma programação repartida entre as ruas da cidade e um ecrã digital, com distanciamento social por causa da covid-19.

Este ano o festival, organizado pela autarquia, tem curadoria da escritora Adélia Carvalho e procurou reinventar-se em tempo de pandemia, com o formato mais tradicional do evento, com conversas, oficinas, cinema e atuações, a dar lugar a um programa mais colaborativo e descontraído, lê-se na nota de imprensa.

Entre os dias 26 e 28 de junho, o Onomatopeia propõe 12 horas de atividades, entre as 10h30 e as 22h30, com destaque para as "batalhas entre escritores", com moderador e tendo como ponto de partida uma onomatopeia. Estão previstas batalhas literárias online entre Ondjaki e David Machado, entre António Mota e Isabel Zambujal ou entre José Luís Peixoto e Isabel Minhós Martins.

A pensar nos leitores mais novos, haverá ainda oficinas de língua portuguesa - de trava línguas ou lengalengas -, leituras de contos e, a fechar o dia, uma canção de embalar, interpretada em direto por Mafalda Veiga acompanhada de ilustrações de Cátia Vidinhas, Evelina Oliveira e Sérgio Condeço.

Na Rua de S. Mamede e no Largo do Centenário, em Valongo, será possível escutar "Histórias da minha rua", uma "instalação sonora comunitária" assinada pela jornalista Sandy Gajeiro com a participação do público.

Quem passar naquelas ruas verá ainda esculturas de Carla Monteiro e, no comércio, haverá uma intervenção de ilustração nas montras por Anabela Dias e Adélia Carvalho.

O grupo de teatro Pés na Terra e Cabeças no Ar, o festival IndieJúnior e as escritoras Ana Saldanha e Ana Luísa Amaral também estarão presentes no Onomatopeia.

terça-feira, 16 de junho de 2020

"Infâncias: Aqui e Além-mar" em versão digital


Uma versão digital do livro "Infâncias: Aqui e Além-mar", de José Jorge Letria e José Santos, foi lançada no âmbito das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

A editora SESI-SP, ligada ao Serviço Social da Indústria do estado de São Paulo, no Brasil, informa em comunicado que o e-book desta "viagem pelas lembranças da meninice" de dois poetas, o português José Jorge Letria e o brasileiro José Santos, pode ser adquirido na Amazon, "ampliando o acesso dos leitores à obra".

No contexto do feriado do 10 de Junho, Dia de Portugal, a SESI-SP está a promover "uma campanha especial para divulgação do título", que inclui ilustrações dos artistas Cátia Vidinhas (Portugal) e Guazelli (Brasil), "reforçando ainda mais a ligação" entre os dois países lusófonos.

Em 2018, "Infâncias: aqui e além-mar" foi distinguido no Brasil com o prémio e o selo "Altamente Recomendável" da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, enquanto melhor livro na categoria "Literatura em Língua Portuguesa". A SESI-SP planeia a sua publicação também Portugal, estando para já a obra disponível na Livraria da Travessa, em Lisboa.

segunda-feira, 15 de junho de 2020

J.K. Rowling anuncia novo livro infantil



A escritora britânica J.K. Rowling, autora da saga "Harry Potter", publicou um novo livro infantil, intitulado "The Ickabog", um conto de fadas que é disponibilizado online, gratuitamente e em formato de série.

O anúncio foi feito pela própria autora, através do Twitter, que revelou a intenção de proporcionar às crianças, forçadas a permanecer em casa devido à pandemia de covid-19, a possibilidade de lerem a história antecipadamente à sua publicação em novembro.

J.K. Rowling tratou logo de esclarecer que este conto de fadas "sobre a verdade e o abuso de poder", que esteve guardado vários anos no seu sótão, não tem ligação ao universo de Harry Potter.

"The Ickabog" passa-se numa terra imaginária sem relação com qualquer outra obra de Rowling e é disponibilizado em série online, em 34 episódios gratuitos, sendo o último publicado a 10 de julho, segundo o anúncio feito pela autora no Twitter.

Posteriormente, será publicado como livro, ebook e audiolivro, e as royalties revertem para projetos de assistência a grupos atingidos pela pandemia.

A história começou a ser escrita há mais de dez anos, pelo que não deve "ser lida como uma resposta a nada do que está a acontecer no mundo neste momento", esclareceu.

A romancista disse ainda que "The Ickabog" foi escrito com várias interrupções e recomeços, entre os livros de Harry Potter, e que inicialmente planeou publicá-lo após o último livro da série, "Harry Potter e os Talismãs da Morte".

Em vez disso, passou a escrever romances para adultos, incluindo "The Casual Vacancy" e "The Cuckoo's Calling", sob o pseudónimo Robert Galbraith.

J.K. Rowling disse que decidiu "afastar-se dos livros infantis por um tempo" e que manteve o primeiro rascunho de "The Ickabog" guardado no seu sótão.

"Com o tempo, vim a pensar nesta como uma história que pertencia aos meus dois filhos mais novos, porque a tinha lido para eles à noite, quando eram pequenos, o que sempre foi uma feliz recordação de família", contou.

No entanto, há algumas semanas, teve a ideia de publicar a história gratuitamente para as crianças em confinamento. A autora, que recuperou então os manuscritos e começou a reescrever algumas partes, conta que os seus filhos adolescentes "estavam emocionalmente entusiasmados" e que ela tem estado "imersa num mundo fictício em que pensava nunca mais voltar a entrar".

"Enquanto trabalhava para terminar o livro, comecei a ler capítulos à noite para a família novamente. Esta foi uma das experiências mais extraordinárias da minha vida de escrita, pois os dois primeiros leitores de "The Ickabog" disseram-me do que se lembravam quando eram pequeninos e exigiram a reposição de pedaços de que gostavam particularmente (eu obedeci)", escreveu a autora no seu site.

J.K. Rowling está também a pedir às crianças que enviem ilustrações para cada capítulo. As melhores ilustrações serão incluídas nas edições impressas da história.

"Quero ver a imaginação a correr solta! Criatividade, inventividade e esforço são as coisas mais importantes: não estamos necessariamente à procura de habilidade e técnica", escreveu.